Nesta semana, o Ministério do Trabalho e Emprego informou que o Brasil criou 240 mil empregos formais em março deste ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que informa a quantidade de contratações e demissões realizadas no país em cada mês.
Na comparação com o mesmo mês de 2023, o saldo de empregos formais gerados no país foi 32% maior. Isso porque, em abril do ano passado, o país criou 181,7 mil postos de trabalho, número bem menor que o observado no mês passado.
De todo modo, quase todas as 27 unidades federativas (UFs) fecharam abril com mais postos formais de trabalho abertos do que fechados, impulsionando o resultado nacional.
São Paulo lidera ranking nacional de emprego
Em síntese, o estado de São Paulo continuou na liderança nacional, respondendo por 31,8% dos empregos formais criados no país em abril. O resultado foi bem parecido com o de março, quando o estado respondeu por 31,5% dos postos de trabalho gerados no país.
A saber, São Paulo ocupa a primeira posição em praticamente todos os meses do ano, visto que é o estado com a maior concentração populacional do país, além de ser a maior economia estadual brasileira.
Confira abaixo os estados que registraram a maior quantidade de vagas de trabalho criadas em abril:
- São Paulo: 76.299 vagas;
- Minas Gerais: 25.868 vagas;
- Paraná: 18.032 vagas;
- Rio de Janeiro: 16.077 vagas;
- Goiás: 13.584 vagas;
- Rio Grande do Sul: 13.512 vagas;
- Santa Catarina: 13.457 vagas;
- Bahia: 10.649 vagas.
Em suma, os oito estados criaram 187,5 mil vagas de trabalho em abril, respondendo por 78,1% do total de postos de trabalho gerados no país.
Veja os estados que fecharam vagas em abril
Segundo o Caged, dois estados fecharam vagas de emprego em abril no país, limitando os números nacionais. Ambos fazem parte da região Nordeste, que teve o segundo menor número de postos de trabalho criados no mês.
Aliás, em fevereiro, três estados nordestinos também haviam fechado vagas de emprego. O destaque negativo de 2024 tem sido Alagoas, que vem marcando presença na lista de fechamento de postos de trabalho nos últimos meses.
A propósito, confira abaixo os saldos negativos observados em abril:
- Alagoas: -1.607 vagas;
- Pernambuco: -1.103 vagas.
Embora Alagoas tenha registrado mais desligamentos que admissões em abril, o saldo melhorou em relação a março, quando o estado fechou 9.494 vagas formais de emprego. Já Pernambuco fechou o primeiro mês de 2024 com saldo negativo, eliminando quase todas as vagas criadas em março (1.377).
Número de vagas de trabalho criadas no ano
De acordo com os dados do Caged, 26 das 27 UFs conseguiram registrar um saldo positivo no acumulado entre janeiro e abril deste ano. No trimestre, o Brasil criou 958.425 vagas de emprego.
Entre janeiro e abril deste ano, os estados com os maiores números de vagas criadas foram:
- São Paulo: 287.968 vagas;
- Minas Gerais: 113.971 vagas;
- Paraná: 87.838 vagas;
- Santa Catarina: 79.869 vagas;
- Rio Grande do Sul: 69.594 vagas;
- Rio de Janeiro: 57.757 vagas;
- Goiás: 57.193 vagas;
- Bahia: 36.267 vagas.
Apenas um estado fechou o trimestre com saldo negativo: Alagoas (-13.182 vagas). Alguns estados nordestinos vêm apresentando dificuldade para criar postos de trabalho no país em 2024. Inclusive, Maranhão também estava com um acumulado negativo até março, mas voltou ao campo positivo com o resultado de abril.
Já em relação às regiões brasileiras, os números de vagas de emprego criadas foram os seguintes:
- Sudeste: 481.903 postos de trabalho;
- Sul: 237.301 postos de trabalho;
- Centro-Oeste: 124.883 postos de trabalho;
- Nordeste: 62.095 postos de trabalho;
- Norte: 47.195 postos de trabalho.
Trabalhador ganhou menos em abril
Os dados do Caged também mostraram que o trabalhador brasileiro ganhou menos em abril deste ano. No quarto mês de 2024, o salário médio de admissão foi de R$ 2.081,50, menor que o registrado em março (R$ 2.089,20). Em valores reais, o trabalhador recebeu R$ 7,70 a menos na passagem mensal e nem deve ter notado diferença.
Já em relação ao valor observado em abril de 2023 (R$ 2.080,73), o salário ficou praticamente estável. Nesse caso, os trabalhadores devem ter sentido a diferença em relação ao ano passado devido à inflação mais elevada no Brasil em 2024, que encarece os produtos e serviços e reduz o poder de compra dos consumidores.
Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada. Em outras palavras, o levantamento não inclui os trabalhadores informais do país, que representam uma grande parcela da força de trabalho do país.
Por fim, o Caged faz apenas um recorte do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, estes dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) Contínua, que mostra a taxa real de desemprego do país.